segunda-feira, 9 de maio de 2011

Síntese da Proposta Curricular de Filosofia para o Estado de São Paulo .

Proposta Curricular do Estado de São Paulo para a disciplina de Filosofia no  Ensino Médio.
 Para o senso Comum e com a ajuda dos filósofos, filosofar significa: estar ausente do mundo real, como numa permanente flutuação, acima das nuvens, em devaneios, sem os pés no chão, com pensamentos alheios as demais manifestações culturais, numa espécie de trava-ligua do pensamento.
 Qual o papel que o professor pode desempenhar? Uma vez que a filosofia no ensino médio foi restabelecido, indaga-se sobre sua presença no universo escolar, diante do ensino e função da filosofia,cujos formatos curriculares estão centrados nas Competências e Habilidades.
O retorno da Filosofia no ensino médio deve ser entendido como: Reconhecimento dessa disciplina nos programas escolares, situando a filosofia a um nível político-existencial, visando superar a transmissão e aquisições de conteúdos de forma mecânica e inconsciente .
 Romper com o isolamento de temas importantes como a Ética: que  tem sido realizado em seminários especializados e escondidos nas universidades, num círculo restrito. Ela deve ir para as ruas, através dos meios de comunicações, influenciar a opinião pública, sem transferir a para a mídia a responsabilidade sobre os valores éticos sobre a formação da criança e do adolescente.
 Função da escola : Formar cidadãos capazes de interferir no contexto social, levando–se em conta as influencias que o aluno armazena dos ambientes sociais que freqüenta, em especial a família.
 O Professor de filosofia assim como os demais, deve participar ativamente do processo de percepção e formação desses valores; sem abdicar das funções da docência.
 Produção de Conhecimento: O professor de filosofia deve intermediar o debate interdisciplinar com as demais disciplinas de Sociologia, História geografia e biologia; temas concretos como a violência urbana e racismo, desmatamento ou engenharia genética, num saudável intercâmbio de idéias, com benefícios aos alunos e professores.
Sobre a formação, como formar e como ensinar Filosofia no ensino médio nos leva necessariamente a questionar:A formação superior, a qualidade do material didático, como despertar o interesse dos alunos e como incentivá-lo a pensar filosoficamente?
 A crise da formação: Não é privilégio apenas da filosofia e sim das demais disciplinas do Ensino no Brasil. O isolamento do Educador como se tivesse num planeta imaginário onde o tempo e história não coabitem; nem considerar  que o educando terá uma boa formação apenas por conseguir compreender as estruturas do pensamento de um filósofo, para não fazer pensar seu leitor contemporâneo que se trata de um exercício inútil.
As manifestações do pensamento precisa ser analisadas em sua historicidade,posta em relação com outras disciplinas.
 Principais funções da filosofia:uma ferramenta conceitual, produtora de síntese-capaz de elevar o debate interdisciplinar, elevando os padrões do Ensino médio.
Trajetória da filosofia na História da Educação brasileira: Há cerca de 80 anos, o conteúdo de filosofia estava maltratado, ora pelo discurso teológico, ora pela verborragia intraduzível que saia dos moinhos de palavras de alguns especialistas.
 O Conteúdo: mais parecia raciocínios emanados de seres supremos, decifrados graças a mecânica das palavras.
 Final da Década de 60 e inicio da seguinte, com os cursos de Pós graduação, a filosofia consolidou-se em ambiente universitário, aumentou a visibilidade, contribuindo para a superação do regime autoritário. A voz dos filósofos passou a ser ouvida e entendida, deixando a caverna para ganhar o espaço da cidade.
 História da filosofia: sem depreciação a história da filosofia,não deve constituir a principal orientação para o ensino da filosofia na escola pública.
 O olhar do filósofo:É sobre o mundo concreto, da rua que o aluno percorre a até a sua escola,a realidade expressa por reportagens por exemplo sobre o tráfico, a prostituição...
 Cabe ao professor de filosofia valer-se da sua formação para orientar o debate em sala de aula agregando elementos da erudição. Quanto a formação oferecida pelas universidades,o ensino da  filosofia tem pouco espaço no universo acadêmico.
A formação oferecida nos cursos superiores, públicos e privados visam a especialização rigorosa, pouco ou nada voltada para o ensino medio.
 Cabe ao decente procurar seus próprios caminhos,aplicar a seu modo as sugestões contidas nestes materiais.
Em destaque a prática da leitura,independentemente do percurso adotado, os resultados dependerão  sempre da pratica cotidiana da leitura.
 Sobre a leitura dos alunos,desanimado o docente constata: “que os alunos não lêem”.
 O que tem feito o professores para incentivar os estudantes a lerem?
 Como anda o hábito de leitura dos professores?
Uma avaliação do docente: Avaliar sempre o significado que os hábitos de leitura tiveram e devem continuar tendo em sua formação,uma vez que é o Principal recurso para transformar em cultura qualquer proposta curricular .
 Conteúdo dos bimestres da proposta curricular do Estado de São Paulo para filosofia-Ensino médio.
 1º Série
1º Bimestre: Porque Estudar Filosofia? Áreas da Filosofia.
 2º Bimestre: filosofia e outras formas de conhecimento: mito, senso comum, ideologia, religião, arte, ciência.
 3º Bimestre: Introdução à política,Teorias do estado-Socialismo,Anarquismo, liberalismo, totalitarismos .
4º Bimestre:Democracia e cidadania:origens, conceitos e dilemas, Ideologia.
2º série.
 1º Bimestre:Introdução a ética, autonomia e liberdade.
 2º Bimestre:Formas contemporâneas de alienação moral:individualismo e condutas massificadas.
3º Bimestre:Relações entre moral e política. Limites entre o público e privado.
 4º Bimestre: Desafios éticos contemporâneo :a ciência e a condição humana.
 Introdução à Bioética.
 Elaborado por Aldo Santos, Professor de filosofia e História,  mestre em história e cultura.


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